Finalmente tinhamos chegado à base da Montanha... O trilho de aproximação, bastante suave, discorre entre prados verdejantes, onde várias manadas de camurças (Rupicabra rupicabra) pastam tranquilamente, ao abrigo da face sul da Montanha. Os últimos vestígios humanos tinham ficado lá atrás, na aldeia vaqueira de Santa Maria del Puerto.
A abordagem seria feita pela vertente sudoeste, a única possível no meio de um relevo tão abrupto e inacessível.
Não era a primeira vez que eu e os meus dois companheiros de caminhada estavamos no início de uma ascenção. No entanto, todos sentíamos que este iria ser um momento especial... Tantas vezes a tinhamos olhado, fotografado, apreciado, desejado...
Faltavam apenas 300m verticais para atingir o marco geodésico, situado a 1976m de altitude.
Chegamos ao cume! O cansaço, a altitude e a emoção roubava-nos o ar em cada respiração... A vista era simplesmente soberba!
Aos nossos pés, centenas de metros abaixo, ouvem-se as águas do rio Somiedo, aproximando-se tranquilamente da pequena aldeia de La Peral. Na sua margem direita, um precioso bosque de faias tenta inutilmente trepar a inatingível face norte da Montanha. Debaixo da copa das árvores, seguramente, um dos últimos exemplares de urso pardo (Ursus arctos) em liberdade da Península, abastece-se dos últimos frutos outonais, já que os rigores do Inverno se aproximam.
Olhando para oeste, os meandros do rio Trabanco serpenteiam por entre prados alpinos verdejantes, protegidos pela magestosa face norte do EL Cornón, a montanha mais alta da região, com 2188m.
No nosso horizonte, dezenas de picos, vales, bosques e pequenas aldeias convidam-nos a descobrir os seus segredos mais profundos...
E o nome da Montanha... La Penouta... A Montanha Perfeita!
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Foto 1- La Penouta desde o Collado La Enfestiella
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Foto 2- La Penouta desde a aldeia de La Peral
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Foto 3- Vale do rio Trabanco desde o Collado de La Peral
A abordagem seria feita pela vertente sudoeste, a única possível no meio de um relevo tão abrupto e inacessível.
Não era a primeira vez que eu e os meus dois companheiros de caminhada estavamos no início de uma ascenção. No entanto, todos sentíamos que este iria ser um momento especial... Tantas vezes a tinhamos olhado, fotografado, apreciado, desejado...
Faltavam apenas 300m verticais para atingir o marco geodésico, situado a 1976m de altitude.
Chegamos ao cume! O cansaço, a altitude e a emoção roubava-nos o ar em cada respiração... A vista era simplesmente soberba!
Aos nossos pés, centenas de metros abaixo, ouvem-se as águas do rio Somiedo, aproximando-se tranquilamente da pequena aldeia de La Peral. Na sua margem direita, um precioso bosque de faias tenta inutilmente trepar a inatingível face norte da Montanha. Debaixo da copa das árvores, seguramente, um dos últimos exemplares de urso pardo (Ursus arctos) em liberdade da Península, abastece-se dos últimos frutos outonais, já que os rigores do Inverno se aproximam.
Olhando para oeste, os meandros do rio Trabanco serpenteiam por entre prados alpinos verdejantes, protegidos pela magestosa face norte do EL Cornón, a montanha mais alta da região, com 2188m.
No nosso horizonte, dezenas de picos, vales, bosques e pequenas aldeias convidam-nos a descobrir os seus segredos mais profundos...
E o nome da Montanha... La Penouta... A Montanha Perfeita!
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Foto 1- La Penouta desde o Collado La Enfestiella
Foto 2- La Penouta desde a aldeia de La Peral
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Foto 3- Vale do rio Trabanco desde o Collado de La Peral
2 comentários:
Olá Paulo.
Resumidamente aqui ficam os meus comentários:
- Positivo
Óptimas fotos, texto sentido, paixão verdadeira pela montanha!
- Negativo
Texto demasiado extenso, fotos no final do texto, texto não justificado à direita.
Bem vindo ao mundo Blog.
Daqui a uns anos vai te dar gozo reler os primeiros arquivos.
Agora as tuas saídas para a Serra e o investimento em material fazem mais sentido.
Um abraço,
Miguel
Muito bem! Bonitas imagens!
Abraço,
Pedro Castro Henriques
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